
Em artigo publicado, inicialmente, em A Gazeta e compartilhado neste Blog do Elimar Côrtes, o superintendente Regional da Polícia Federal no Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas, explica os motivos que o levaram a desistir de se filiar a um partido político e, consequentemente, a colocar seu nome como pré-candidato a governador do Estado.
Republicano, sincero e transparente nas suas colocações, o mineiro Eugênio Ricas tem, no entanto, esperança de que um dia poderá abraçar a política-partidária. Porém, neste momento, afirma que, “por inúmeras questões, não senti que uma pessoa com meu perfil pudesse fazer a diferença no mundo político neste momento. Torço muito para que a política se renove e que busque, cada vez mais, basear-se em princípios de integridade, cuidado com a coisa pública, honra e fidelidade aos compromissos. Tenho fé que um dia esse momento chegará.”
E afirma: “Tomada a decisão de não me filiar a partido político, mantenho meu compromisso de continuar servindo ao meu país e ao Espírito Santo na Polícia Federal, instituição que tanto amo e que enche de orgulho a todos os brasileiros. Seguiremos firmes e aguerridos combatendo a criminalidade com a mesma disposição de sempre e com a segurança e confiança que sempre me nortearam. Este mundo (o do combate à criminalidade) eu conheço bem!”
O dia em que quase fui candidato a governador do ES
As últimas semanas foram turbulentas e me proporcionaram grande aprendizado. Aqueles que me conhecem ou que acompanham minha carreira ao longo dos últimos 19 anos na Polícia Federal sabem que nunca fui filiado a partido político nem, tampouco, tive pretensões políticas partidárias. No início deste mês, no entanto, em entrevista à imprensa, afirmei cogitar a possibilidade de me candidatar à honrosa posição de Governador do Estado do Espírito Santo.
Na mesma entrevista expliquei os motivos. Nos últimos meses fui procurado por inúmeras lideranças (empresariais, políticas e religiosas) e por pessoas comuns que, como eu, anseiam por mudanças. Todas essas pessoas tinham um mesmo discurso: é preciso mudar. A política precisa de renovação. Não uma renovação que seja um fim em si mesmo, mas renovação com experiência, com serviço prestado e com um histórico de entregas concretas à sociedade.
Disposto a refletir melhor sobre o projeto, tirei férias e me afastei da Polícia Federal. Me reuni com várias pessoas e lideranças das mais diferentes áreas e ideologias. Cheguei a receber convites de partidos e a mensurar cada um dos prós e contras de uma guinada tão radical em minha vida pessoal e profissional.
No momento em que o encerramento do prazo legal para filiação e desincompatibilização se aproxima (este ano o prazo fatal é 02 de abril) é necessário, no entanto, tomar uma decisão final. Sigo acreditando piamente que a política é instrumento civilizatório e único meio de conseguirmos melhorar a gestão pública. Com boa política e boas práticas teremos segurança mais eficiente, educação de melhor qualidade, saúde com melhor a maior cobertura, enfim, melhor condições de vida para as pessoas.
Por inúmeras questões, no entanto, não senti que uma pessoa com meu perfil pudesse fazer a diferença no mundo político neste momento. Torço muito para que a política se renove e que busque, cada vez mais, basear-se em princípios de integridade, cuidado com a coisa pública, honra e fidelidade aos compromissos. Tenho fé que um dia esse momento chegará.
Agradeço, de coração, a todas as pessoas que neste meu breve contato com o mundo político me apoiaram, me incentivaram e compartilharam comigo dos mesmos ideais que me moveram. Peço desculpas a essas mesmas pessoas, pois não consegui permanecer no caminho cogitado. Espero que as marcas de eventuais frustrações sejam logo apagadas.
Tomada a decisão de não me filiar a partido político, mantenho meu compromisso de continuar servindo ao meu país e ao Espírito Santo na Polícia Federal, instituição que tanto amo e que enche de orgulho a todos os brasileiros. Seguiremos firmes e aguerridos combatendo a criminalidade com a mesma disposição de sempre e com a segurança e confiança que sempre me nortearam. Este mundo (o do combate à criminalidade) eu conheço bem!
(Fonte: Blog do Elimar Côrtes)