
O Espírito Santo está situado a um raio de 1.200 quilômetros de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Além disso, quase 90% de tudo o que o Espírito Santo exporta vem da indústria capixaba, setor que representa 38,3% da economia estadual.
Os dados reforçam o quanto a infraestrutura e o sistema logístico são determinantes para o setor produtivo e, principalmente, para a indústria crescer cada vez mais e o Estado se posicionar como uma referência nacional e global.
“Esse é um tema de extrema relevância para o desenvolvimento. O ES é um estado pequeno em dimensões territoriais. Porém, ao mesmo tempo em que o mercado interno capixaba é limitado, devido ao tamanho da sua população, possui uma vocação natural para o comércio exterior. Isso porque o ES é um dos entes federativos brasileiros com maior grau de abertura econômica”, explica a presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini.
A industrial reforça que ter uma infraestrutura e uma logística eficientes contribui diretamente para expandir a atuação das empresas no mercado nacional e internacional, além de gerar cada vez mais riquezas no território capixaba.
“A melhoria da infraestrutura e como aproveitar a localização privilegiada que temos são temas que a Findes estuda e discute constantemente com a iniciativa privada e com o poder público. Dentro da Federação trabalhamos, por exemplo, com o nosso Conselho de Infraestrutura e Energia (Coinfra) e com o Observatório da Indústria. Temos ainda outras áreas que atuam de forma qualificada com estudos e pesquisas, além de especialistas preparados para debater questões tão decisivas para o desenvolvimento do Estado”, diz.
Assuntos estratégicos, como a duplicação das rodovias BR 101 e 262, o Contorno do Mestre Álvaro, projetos das ferrovias FCA e EF-118, a desestatização da Codesa, investimentos em portos como Imetame e Porto Central, a instalação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) são alguns exemplos da atuação contínua da Findes e suas entidades no contexto da melhoria da infraestrutura e do ambiente de negócios logísticos no Estado.
Educação conectada com a vocação logística
O diretor-geral da Findes, Roberto Campos de Lima, destaca que, por acreditar na importância desse tema, a Findes e o Senai dão um passo ainda maior nesse sentido: olhar para a qualificação na área de logística e de infraestrutura. “Diante desse cenário, a partir de 2025 vamos contar com um complexo educacional com diversos cursos voltados para as áreas de tecnologia, metalmecânica, logística, produção e gestão”, conta o executivo.
A nova unidade, que será chamada Senai Porto, vai funcionar em um dos galpões do Porto de Vitória, na capital capixaba – articulação construída em conjunto com a VPorts – e contará com outras empresas parceiras. “Teremos muitas novidades nos próximos meses, entre elas, cursos inéditos”, adianta Roberto.
De olho no futuro
O presidente eleito da Findes, Paulo Baraona, comenta que a Federação continuará se empenhando em melhorar cada vez mais a infraestrutura logística do Estado. “A escolha do local tem total sinergia com o que queremos para o futuro na indústria capixaba. Teremos uma unidade tech (tecnológica), com o olhar voltado para o uso de novas tecnologias e para fortalecer a presença das indústrias no mercado internacional”, explica.
Cris Samorini cita que outro ponto a destacar é o fato de a escolha do local também conversar com a valorização da histórica região do Centro de Vitória, contribuindo, inclusive, para dar mais dinamismo socioeconômico e cultural ao local. “Essa é uma forma de a Findes e do Senai ES estimularem a revitalização do centro da Capital. Estamos contribuindo para manter as características do Centro, mas também tendo um olhar para o futuro, para como desenvolver ainda mais o Espírito Santo.”
“Não temos dúvidas de que fortalecer a infraestrutura e a qualificação profissional nessa área vai gerar não apenas mais oportunidades de negócios e empregos, como também dará ainda mais protagonismo global ao nosso Estado”, complementa Baraona.
(Fonte: ES Brasil)