
Quando estiver pronto e entregue à população, o Hospital Estadual Geral de Cariacica vai mudar a composição e o perfil da rede hospitalar pública da Grande Vitória. Para entrar em funcionamento, a unidade, que está sendo construída por decisão do governador Renato Casagrande (PSB), terá de contratar pelo menos 2.500 profissionais. As informações são do secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
Segundo ele, a unidade hospitalar, que está sendo erguida na Rodovia Leste-Oeste, no bairro Campo Belo, vai também desafogar os demais hospitais estaduais localizados na Região Metropolitana: São Lucas e o Hospital Central (antigo São José), em Vitória; Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), Antônio Bezerra de Faria e o Hospital Estadual, antigo Ferroviários, em São Torquato, em Vila Velha; e os Hospitais Dório Silva e Dr. Jayme Santos Neves, na Serra.
“O Hospital Geral de Cariacica, que será para o público materno-infantil e adulto, nascerá com um perfil especializado e vai permitir dar mais uma escala. Se hoje as unidades hospitalares da Grande Vitória fazem, em média, 50 cirurgias por dia, só o Hospital Geral de Cariacica realizará 120. Ele vai também centralizar diversos tipos de cirurgias. Desta forma, desafogará os demais centros cirúrgicos e alguns outros atendimentos especializados. Assim, os outros hospitais ficarão livres para fazer demais atendimentos. Vai ser uma grande revolução no sistema”, disse Nésio Fernandes.
O Governo do Estado ainda vai definir qual será o modelo de gestão do Hospital Geral de Cariacica: se será administrado pela Fundação Estadual de Inovação em Saúde – iNOVA Capixaba ou por uma Organização Social (OS). A Fundação iNOVA Capixaba, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foi lançada pelo governador Renato Casagrande dm março de 2020, com objetivo de prestar serviços públicos de saúde proporcionar agilidade, flexibilidade e dinamismo compatível com a demanda crescente da população.
De todo, informou o secretário Nésio Fernandes, para entrar em funcionamento o Hospital Geral de Cariacica vai ter de contratar 2.500 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, demais funcionários para a saúde e terceirizados (auxiliares de serviços gerais, recepcionistas, vigilantes, etc).
Sob a responsabilidade do Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado (DER), as obras do Hospital Geral de Cariacica estão atualmente na fase de execução de estrutura. De acordo com o DER, os serviços após a estrutura são o de alvenaria, reboco, instalações elétricas, hidro sanitária, incêndio e outros. A previsão de entrega do hospital é em novembro de 2024, mas deverá entrar em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2025, segundo a Sesa. Trata-se de uma obra de 38.000 metros quadro, ao custo previsto de aproximadamente R$ 150 milhões.
A atual fase das obras se iniciou no primeiro semestre de 2021. No dia 27 de janeiro daquele ano, o governador Renato Casagrande assinou a Ordem de Serviço para início da segunda fase das obras, dando, assim mais um passo para a concretização do sonho dos quase 400 mil habitantes de Cariacica: “Sabemos que Cariacica sonhava com esse hospital e é muito bom estar dando essa Ordem de Serviço para o início da fase 2, que é a construção do hospital. Antes, já havíamos autorizado as obras de construção da fundação. Mais à frente serão adquiridos os equipamentos e a previsão é de que o hospital esteja pronto em 2024”, disse Casagrande na ocasião.
A foto ao lado é de 27 de janeiro de 2021. Presente ao evento, o superintendente Estadual do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Bartolomeu Martins Lima, sintetizou o que será a futura unidade hospitalar: “O Hospital Geral de Cariacica vai ser padrão Espírito Santo de qualidade: Nota 10”.
O Hospital Estadual Central de Cariacica receberá um pronto-socorro clínico e cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), maternidade de alto risco e cuidados intensivos neonatais. Também serão atendidas especialidades, como clínica médica, neurologia, nefrologia, cardiologia, cirurgia geral e cirurgia de cabeça e pescoço.
A edificação está dividida em seis blocos, sendo o bloco B o mais alto deles, com oito pavimentos, que vão abrigar pronto-socorro, farmácia, ambulatórios, centro de diagnósticos, centros cirúrgicos, internação, laboratórios, necrotério, setores administrativos, de limpeza e zeladoria, cozinha, lactário, manutenção, além de contar com 550 vagas de estacionamento e um heliponto.
No total, serão 408 leitos, entre censáveis (de internação) e não censáveis (de apoio). A previsão é de que sejam realizados mais de oito mil atendimentos por mês no Pronto-Socorro e cerca de 120 mil atendimentos na UTI, UTI neonatal (UTIN), maternidade e clínicas médicas e cirúrgicas.
(Fonte: Blog do Elimar Côrtes)