
Já ouviu alguém dizer que nunca mais foi o mesmo após ter Covid? A doença que marcou os últimos anos pode ter alguns sintomas persistentes, como dificuldade de concentração, distúrbios do sono e perda de olfato e paladar. Por isso, o Núcleo de Genética Humana e Molecular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) está com inscrições abertas para interessados em participar de uma pesquisa sobre as sequelas duradouras do coranavírus, conhecida como “Covid longa”.
O estudo envolve aplicação de questionário e coletas de sangue e saliva. Os voluntários devem ser maiores de 18 anos e ter sido diagnosticados com Covid-19 em qualquer data, além de apresentar sintomas persistentes da doença ou da pós-vacinação por um período superior a três meses, preferencialmente, com comprovação médica.
A pesquisa “A genética da Covid longa” pretende identificar predisposições genéticas relacionadas à duração de sinais da doença, como fadiga contínua, palpitações, falta de ar, dores musculares e articulares, dificuldade de concentração (também conhecida como “névoa cerebral”), dores de cabeça, distúrbios do sono e perda de olfato e paladar.
O estudo, que pretende divulgar resultados em revistas científicas ainda neste ano, também busca detectar predisposições genéticas ligadas ao surgimento de novos problemas de origens desconhecidas, mas associadas ao período pós-Covid-19.
Os voluntários que estiverem de acordo com os critérios de seleção serão encaminhados ao Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), localizado em Maruípe, Vitória, onde receberão mais informações sobre o estudo, responderão ao questionário e terão amostras de sangue e saliva coletados.
A professora do Departamento de Ciências Biológicas da Ufes, Débora Dummer, explica a importância do maior número possível de voluntários para estudar e entender mais sobre o assunto.
“A participação de um maior número de voluntários é muito importante para investigarmos o componente genético relacionado às sequelas pós-covid e será crucial para assegurarmos a confiabilidade dos resultados obtidos”, ressalta a professora Débora Dummer, que orienta a pesquisa ao lado do professor Iúri Louro.
Os interessados em participar da pesquisa devem fazer contato telefônico com os pesquisadores Felipe (28 99910-8672), Lorena (27 99937-9079) ou Vinicius (27 99977-7237) até o dia 18 de março.