Para amenizar as consequências do calor nos animais, produtores recorrem a suplementação e outros meios, como o sistema de confinamento.(Imagem: Freepik)
O calor intenso, a falta de chuvas e a diminuição no volume de água nas represas têm provocado a queda na produção de leite em algumas propriedades de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Isso porque a seca tem prejudicado a irrigação da pastagem consumida pelo gado. Na tentativa de amenizar o problema, alguns produtores já estão recorrendo a suplementação e outros meios para amenizar os efeitos do calor nos animais.
Sem um pasto de qualidade, a queda na produção de leite em algumas propriedades de Colatina chega a até 40%. É o caso da propriedade de Lézio Sathler, onde o leite retirado das vacas é usado para a produção de queijo, requeijão e manteiga.
Isso é consequência do fortíssimo calor que estamos vivendo. Obviamente o animal, a natureza, a pastagem e a vegetação sentem – Lézio Sathler/Produtor
Em Povoação, no distrito de Baunilha, no interior da cidade, a queda na produção de leite foi de 5%. Segundo a pecuarista Karla Lievore, o impacto poderia ser ainda maior se não fosse o sistema de confinamento. Nesse modelo, os animais, em uma área reservada, contam com ventilação 24 horas por dia e banhos que ajudam a amenizar as consequências das altas temperaturas.
“O sistema preza pelo conforto e bem-estar. Temos uma cama de pó de serra, os ventiladores funcionando direto e o refrescamento desses animais na sala para ordenha”, disse a pecuarista.