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Tratamento para hanseníase está disponível no SUS

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Em pleno século 21, ainda há relatos de pessoas que sofrem ou sofreram discriminação por terem a doença. (Imagem: Divulgação/Sesa)

Janeiro tem a cor roxa no calendário da saúde para lembrar da hanseníase, doença que atinge a pele e é considerada por especialistas como uma das mais antiga da humanidade. Por isso, o mês é dedicado aos cuidados para a prevenção e o tratamento da doença. Em pleno século 21, ainda há relatos de pessoas que sofrem ou sofreram discriminação por terem a doença.

É o caso da agente comunitária de saúde, Solange Honorato da Costa Bravim, de 55 anos, que foi infectada pela bactéria causadora da hanseníase em 2009.

“Fui acometida pela hanseníase, também conhecida como lepra. Descobri fazendo meu alto-exame, por sentir dormências e algumas ardências em determinadas partes do corpo. A princípio, foi difícil aceitar, pois existia um tabu bem grande e quase não se falava nisso”, contou.

Ela disse também que o tratamento da doença levou em torno de um ano até a confirmação da cura. “Devido a um problema cardíaco que tenho, fico restrita ao uso de determinados medicamentos. Porém, o que mais me incomodou durante o tratamento foi a discriminação sofrida pelos meus colegas de trabalho, que chegavam a insinuar que eu tinha que ficar isolada para não contaminar os demais trabalhadores no local”, lembrou.

Solange Bravim contou que, devido à hanseníase, sentia e ainda hoje sente muitas dores nas articulações. Tendo sete membros da família em casa, apenas o marido dela se contaminou com a doença. Segundo ela, os filhos deram muito apoio ao casal durante todo o tratamento, mas a discriminação sofrida no ambiente de trabalho desencadeou uma depressão, o que foi superado.

Após a cura, todos os anos ela e a família passam por avalição para monitoramento da doença como forma de prevenção. “Hanseníase tem cura e o que mais faz a diferença num tratamento do paciente, além da descoberta precoce, é o apoio e amor vindo principalmente de pessoas com quem convivemos diariamente”, acrescentou a agente comunitária de saúde.

Segundo a referência técnica estadual do Programa Estadual de Hanseníase, Marizete Altoe Puppin, a hanseníase tem alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas, caso não seja diagnosticada e tratada de início. “Essas possíveis consequências são um dos principais responsáveis pelo estigma e discriminação às pessoas que têm ou tiveram a doença. Por isso, é importante a realização do tratamento até a total cura do paciente”, salientou.

A doença

A hanseníase é infectocontagiosa, de evolução prolongada e atinge pele e os nervos periféricos do corpo humano, tendo como agente causador a bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. No Estado, em 2020, foram notificados 319 casos novos. Em 2021, foram 296 novos casos, conforme dados do e-SUSVS (sujeitos à alteração).

A doença lesiona os nervos, reduz a sensibilidade e ocasiona manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. Porém, com baixo índice de contaminação, pois, assim que se inicia o tratamento, a pessoa infectada não transmite mais a doença. “Por isso, a importância da informação sobre os sintomas e o início do tratamento precoce, podendo diminuir o tempo de tratamento e as possíveis sequelas”, explicou Marizete Puppin.

 

Sintomas

Entre os principais sintomas da hanseníase, estão manchas brancas ou avermelhadas na pele; perda de sensibilidade térmica e tátil; sensação de fisgadas; choque, dormência e formigamento na pele; queda de pelos e redução da transpiração, principalmente nas extremidades das mãos, no rosto, orelhas, costas e pernas.

Marizete Puppin chama atenção para a forma de transmissão da hanseníase. “É importante saber que a transmissão pode ocorrer pelas vias respiratórias, fala, espirro e tosse, quando se convive com a pessoa infectada que ainda não tenha começado o tratamento”, ressaltou. O paciente pode ser diagnosticado com a doença em consulta ambulatorial por um clínico médico, por meio de avaliações laboratoriais, e, se necessário, exames clínicos.

Foi observando manchas claras e doloridas nos braços e pescoço que a dona de casa Dalva Barbosa dos Santos, 63 anos, descobriu há 17 anos que estava infectada com a bactéria da Hanseníase. “Descobri que estava com a doença em 2005, com 46 anos de idade. Percebi que partes do meu corpo ficavam dormentes e sentia fisgadas, além de aparecerem manchas brancas em minhas mãos, rosto, pescoço e costas”, disse.

Dalva Barbosa logo procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) perto da casa dela e fez os exames que confirmaram a doença. “No mesmo dia, iniciei o tratamento que me deixou bem esperançosa com relação à cura. Não enfrentei preconceitos de minha família. Ao contrário, me deram muito apoio, em especial com palavras de fortalecimento. Meu tratamento durou em média oito meses, porém até hoje tenho algumas marcas esbranquiçadas na pele próximo ao pescoço. Mas está tudo bem, estou curada e isso é que importante”, complementou.

O relato de Dalva Barbosa ajuda a fortalecer a importância de se procurar atendimento médico logo no início dos sintomas para dar início à medicação, evitando assim a disseminação da doença. Marcelo Geik Siquara, médico de família e comunidade, docente assistencial do programa Qualifica-APS, do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), ressalta a importância da avalição de um profissional na detecção da doença.

“É importante que a pessoa com sintomas seja avaliada por um profissional de saúde capacitado, a fim de obter o diagnóstico o quanto antes, para que seja confirmada a infecção e também sejam avaliados os familiares que conviveram com o paciente, mesmo aqueles que há anos não moram juntos mais. Muitas vezes, ao diagnosticar uma pessoa na família com a hanseníase, existe outro parente próximo também com a doença, e, portanto, também transmissora”, orientou Marcelo Geik.

Tratamento cuidados e prevenção

Para ter acesso ao tratamento, que é gratuito e realizado por meio de antibióticos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência dele e realizar a avaliação com o profissional de saúde, que vai indicar os remédios de uso diário e estipular o tempo a ser realizado corretamente para que o paciente receba alta por cura.

É importante que os pacientes infectados comuniquem e orientem as pessoas mais próximas a eles, para que procurem a Unidade Básica de Saúde e realizem a avaliação por um clínico e, dessa forma, façam a averiguação da possível contaminação, evitando assim a proliferação da doença. “Muitas pessoas deixaram de procurar as unidades de saúde por precaução à pandemia e isso também nos impossibilitou de realizar várias estratégias no que diz respeito à doença em todos os níveis”, completou Marizete Puppin.

ICEPi

O Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação (ICEPi) vem promovendo ações para identificação, controle e combate à hanseníase nos municípios do Espirito Santo. A ação realizada pelo Programa Qualifica-APS visa à capacitação de profissionais de saúde, que são estimulados a realizarem ações nas comunidades para a promover um diagnóstico correto e um imediato tratamento das pessoas que apresentem manchas com perda de sensibilidade.

“Vejo essa capacitação como uma oportunidade de treinarmos nossas equipes das UBS, não apenas para um momento específico no mês de janeiro, mas que também refletirá em melhorias nos atendimentos para os meses seguintes”, destacou Marcelo Geik.

O Programa Qualifica-APS conta com médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade, que são docentes que têm um grupo de médicos sob supervisão atundo na Atenção Básica à Saúde em vários municípios do Estado. Marcelo Geik, que é médico e residente do ICEPi, atualmente acompanha 17 médicos de Fundão, Serra e Cariacica, tendo aulas semanais ao longo do mês, onde são realizados oficinas e estudos sobre a doença, reforçando o aprimoramento da capacitação desses profissionais.

Segundo ele, essa ação consolidará o aprendizado prático desses médicos, que depois vão atuar no dia a dia de atendimento, diagnosticando e tratando pacientes. “Essa é uma oportunidade de replicarmos o conhecimento para demais profissionais de saúde. Porém, infelizmente não poderemos fazer uma ação de grande público por conta do contexto da pandemia e o aumento dos casos de síndromes gripais, mas acredito que mesmo que seja uma ação em pequeno grupo ainda assim será um grande resultado”, pontuou Marcelo Geik.

(Fonte: Governo do Estado do Espírito Santo)

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