O SUS (Sistema Único de Saúde) fornecerá bombas de infusão de insulina aos portadores de diabetes tipo 1 – cujo pâncreas não produz insulina para controlar a glicose e por isso são dependentes do seu consumo diário. A determinação é de projeto de lei da senadora Rose de Freitas (MDB-ES).
Com o PL 12/2022, a parlamentar também quer complementar projeto de lei de conversão (oriundo de Medida Provisória) aprovado pelo Senado na quarta-feira, 9, e que está na pauta da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 10, para votação final. O PLV reduz de três anos para seis meses o prazo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidir pela inclusão ou não de novos medicamentos de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, incluindo a quimioterapia oral. Se o prazo da ANS não for cumprido, os medicamentos são automaticamente incluídos.
Na justificação da sua proposta, que condiciona a distribuição das bombas pelo SUS a indicação médica, Rose argumenta que são muito precisas, permitindo maior controle da glicemia (quantidade de açúcar no sangue). Reduzem, assim, as crises de hipoglicemia (queda de açúcar no sangue, que pode levar ao coma). Além disso, ao substituírem o uso das injeções diárias de insulina, dão maior conforto aos diabéticos.
Lembra ela, ainda, que as bombas, largamente usadas nos Estados Unidos, por cerca de meio milhão de diabéticos, vêm se difundido no Brasil, mas seu alto custo impede a disseminação no país, o que poderá ser superado com a distribuição pelo SUS.
A bomba é um dispositivo eletrônico, parecido com os antigos bips, conectado ao corpo através de um cateter ligado a um reservatório com insulina e uma cânula flexível inserida no tecido subcutâneo que injeta automaticamente insulina conforme as necessidades. Os locais que podem ser utilizados para aplicação são os mesmos da injeção: abdome, braços, coxas, flancos e glúteos.
Segundo Rose de Freitas, as últimas estimativas apontam a existência de quase 17 milhões de brasileiros diabéticos adultos (entre 20 e 79 anos), o quinto maior contingente no mundo, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.
“Nossa iniciativa beneficiará, portanto, uma parcela importante deste contingente, os diabéticos do tipo 1, mais suscetíveis aos males da doença, permitindo que tenham maior controle do diabetes e melhor qualidade de vida”, conclui ela.
(Fonte: Rede Barcos de Comunicação)