
A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão no Espírito Santo durante a Operação Minotauro, realizada na manhã desta quinta-feira (28). A ação tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa envolvida em um esquema ilegal de venda de anabolizantes para várias estados brasileiros.
Foram cumpridos mais 21 mandados de busca e apreensão distribuídos nos estados de São Paulo (9), Rio de Janeiro (7), Paraná (3), Minas Gerais (1) e Ceará (1).
Também foram aplicadas medidas judiciais para bloquear contas de Instagram e bancárias dos investigados, que utilizavam essas plataformas para a promoção e venda dos anabolizantes ilegais. Postagens relacionadas aos produtos foram removidas das redes sociais dos suspeitos.
A investigação, iniciada pela Delegacia de Polícia Federal em São José dos Campos/SP, identificou dezenas de encomendas provenientes da Holanda e da China. Essas encomendas, interceptadas pela Receita Federal em Curitiba, continham testosterona em pasta (matéria-prima) e estavam endereçadas a um investigado residente em São José dos Campos. Esses pacotes eram apenas parte de um lote maior, pois, ao longo de cinco meses de diligências, a polícia apreendeu outras 233 encomendas de substâncias anabolizantes destinadas a diversas cidades em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco.
Há suspeitas de que o grupo criminoso importava a matéria-prima dos anabolizantes do exterior, possivelmente adulterando ou fabricando os produtos ilícitos para posterior venda no mercado nacional através de plataformas digitais. Um perfil do Instagram, identificado durante as investigações como um canal de vendas do grupo, prometia entregas rápidas e produtos de qualidade, utilizando imagens de atletas fisiculturistas para convencer sobre a procedência dos itens. Este perfil está agora entre as contas bloqueadas por ordem judicial.
Durante dois meses, as contas bancárias ligadas aos suspeitos registraram movimentação superior a meio milhão de reais, referente a pagamentos pelos anabolizantes comercializados ilicitamente. Os indivíduos sob investigação enfrentarão acusações de falsificação, corrupção, adulteração, alteração de produto terapêutico ou medicinal e associação criminosa, com penas que, se condenados, podem alcançar até 18 anos de prisão.
(Fonte: ES360)